Recado? Otan anuncia maior e mais demorado exercício militar; compare com outros

Organização vai convocar 90 mil soldados para simular resposta a ataque russo. Trinta e dois países devem colaborar com treinamento, que vai durar meses

CHRISTOPHER CAVOLI, PRINCIPAL COMANDANTE DA OTAN, EM ENTREVISTA A JORNALISTAS EM BRUXELAS

A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) vai começar na próxima semana o maior exercício militar da aliança ocidental desde a Guerra Fria. Para isso, o bloco vai convocar 90 mil soldados. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (18).

Os exercícios, que devem durar até maio, pretendem simular uma resposta a um “ataque russo” a um dos países-membros, segundo Christopher Cavoli, principal comandante da organização militar.

1988

foi o último ano em que a organização realizou exercícios de escala semelhante; na época, 125 mil soldados foram convocados, mas teve prazo curto de duração. Diferente deste que é indeterminado.

O exercício, que leva o nome de Steadfast Defender (defensor fiel, em tradução livre), faz parte de uma revisão das estratégias de defesa da organização que começou a ser pensada após a Rússia invadir a Ucrânia em fevereiro de 2022, como explicou o jornal O Globo.

A convocação têm a intenção de desencorajar ataques contra os países-membros da organização. Segundo Cavoli, eles vão demonstrar “nossa unidade, nossa força e nossa determinação em proteger uns aos outros”, como contou o site da rede catari Al Jazeera.

Além dos 31 países que integram a Otan, a Suécia também vai enviar soldados para o treinamento. O país fez um pedido de adesão ao bloco militar em maio de 2022, mas ainda não integra oficialmente a organização, como o Nexo registrou.

A aliança militar foi criada em 1949, logo após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com o propósito de garantir os interesses de defesa e a segurança coletiva de seus membros no campo militar. Até hoje a expansão deste bloco é questionada por países da Eurásia, notadamente Rússia e China. Porém, convém também considerar as tensões no Oriente médio, ai temos a soma de Irã, como país com força regional que a OTAN olha com cuidado.

Fonte: Nexo e Globo com Redação RXN

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