Hamas é para o Irã, o que a Ucrânia é para a OTAN… Entenda!

Os EUA via OTAN, cercam a Rússia com bases militares nos vizinhos há décadas – incluindo a tentativa de botar uma na Ucrânia, seria a mais próxima de Moscou. Esta ação não tem haver com direita ou esquerda mais… A Russia é hoje um país conservador, capitalista e de máfias. Radical na defesa desses valores de “direita”. Na verdade as mafias russas são fruto das privatizações pós união soviética. Hoje, o povo russo sente falta de ser um grande império em seu imaginário, porém, todas as pesquisas em eleições mostram que a imensa maioria rejeita o socialismo como sistema econômico. Não tem saudade nenhuma! O cerco da Otan, então, é precaução militar e intimidação econômica à maior potência nuclear do mundo – sim, a Russia tem bem mais bombas nucleares do que os EUA (única nação que matou humanos com 2 bombas).

Como isso nos ajuda entender a audácia do amiúde Hamas contra o poderoso exército de Israel?

Simples e lógico; mesmo sendo sunita, e o Irã um forte e belicoso país xiita e, portanto, adversários religiosos: “O inimigo mais forte de meu inimigo menor é meu inimigo mais ainda…” Daí, a paupérrima região dos palestinos, cheio de pobres por vezes oprimidos pelos israelenses, ser uma massa fácil de arregimentar e, com bombas e armas iranianas, hoje, resolveram afrontar forte também… Eles alegam que uma mesquita e territórios de Gaza vem sendo invadidos e atacados. Triste para todos. Sobretudo para pobres sem abrigos, crianças, mulheres e idosos de ambos os lados. Como toda guerra o é.

E o futuro deste confronto Renato Martins?

De duas uma: sem apoio, o Hamas e os palestinos serão surrados. Provavelmente apeados do poder na pelestina e a opressão e a precariedade daquele povo na Faixa de Gaza intensificado; ou, por outra possibilidade, se o Líbano controlado pelo grupo islâmico Hezbollah, e a oposição egípcia com os fortes e espalhados membros da Irmandade Muçulmana – lá da primavera Árabe, lembram? Isso somados ao próprio Irã entrando de forma mais direta e trazendo movimentos esparsos de todo o Oriente Médio (como a Jihad Islâmica, ISIS e outros…), e talvez Síria, numa unidade oriental inédita contra Israel e os EUA, seu aliado histórico. Então, somente assim, teríamos uma guerra intensa e de difícil previsão. Pois, se EUA entra diretamente na guerra, abre precedente para outros da Eurásia, e assim a violência em espiral ficará sem precedentes…

Por fim, acho que o imperialismo na forma global no mundo se enfraquece. O ‘nacionalismo de elite’ e a extrema direita surgem fortes para abafar pobres locais e manter as estruturas de poder no nível posto, mesmo diante de uma crise de concentração de renda jamais vista. Num cenário onde cada país convive com seus dramas e divisões, ajudar outro não é fácil. Paradoxalmante, não ajudar também o é, posto que estamos muito interdependentes. logo, nada indica harmonia nos próximos anos em lugar nenhum. E tenha certeza que tudo se dá por questões econômicas disfarçadas de religiosidade. Luta por poder e riqueza, não amor, partilha, cooperação e fraternidade. Deus não está nestes discursos religiosos destas “guerras da vida”… Muito menos nos de pretexto para mortes e venda de armas e petróleo caro!

Por Renato Martins com o método Raio X das Notícias.

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