Toffoli investiga ida de dinheiro público para ONG Transparência Internacional em acordos de Moro e Deltan

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, disse ser preciso investigar se recursos públicos foram parar na organização não governamental (ONG) Transparência Internacional.

De acordo com o G1, Toffoli mandou investigar se a Transparência Internacional recebeu e administrou parte dos valores obtidos com multas pagas em acordos firmados pela Operação Lava Jato comandada pelo ex-magistrado e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

A criação e fundação de uma entidade privada para gerir recursos públicos que teriam origem no pagamento de multa às autoridades brasileiras, era “duvidosa” e, com base em um notícia-crime apresentada pelo deputado federal Rui Falcão (PT-SP), o ministro tomou a decisão de requisitar à ONG informações sobre o caso.

O acordo estipulado pela Operação Lava Jato — que investigou um escândalo de lavagem de dinheiro e corrupção envolvendo agentes políticos e empresariais — previa que a empreiteira Novonor (antiga Odebrecht) pagasse R$ 8,512 bilhões ao governo federal, estados, municípios e a autoridades dos Estados Unidos e da Suíça, em até 23 anos.

Moro e Deltan não foram bons em prestar contas de milhões em multas que eles deram e hoje o CNJ tenta achar o destino.

O acordo estipulava que os recursos fossem aplicados em investimentos sociais e a decisão de Toffoli vai no sentido de que sejam apresentados dados sobre como a Transparência Internacional atuou neste período e se geriu parte dos recursos, determinando que o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) participem da investigação.

De acordo com um executivo da Transparência Internacional ouvido pela mídia, a entidade “nunca recebeu, nem receberia nada” porque não apenas não recebeu qualquer recurso, como ofereceu estudo ao Ministério Público Federal recomendando que a força-tarefa não determinasse a destinação de recursos eventualmente obtidos em acordos de leniência.

A colunista Mônica Bergamo apurou o contrário do que alega essa nota de defesa da ONG, que é entidade privada e potencialmente não deu clareza de onde foram parar os recursos destinados a ela por decisões de Moro e Deltan.

Ainda na semana passada, Toffoli suspendeu multas impostas e autorizou a empreiteira Novonor a pedir renegociação no acordo de leniência firmado com o Ministério Público em 2016 no âmbito da Operação Lava Jato.

Mais sobre o assunto:

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Fonte: G1, Coluna da Mônica Bergamo e redação RXN

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