Por Sputnik
A usina nuclear de Zaporozhie (ZNPP, na sigla em inglês) tem sido submetida a constantes bombardeios ucranianos e ataques de drones há mais de dois anos, desde que as forças russas assumiram seu controle em março de 2022. A Rússia tem alertado quanto aos riscos dos ataques de Kiev desencadearem uma crise nuclear no coração da Europa.
Três funcionários da usina nuclear de Zaporozhie ficaram feridos no ataque com drones ucranianos deste domingo (7), e um deles está agora em estado grave, informou a agência nuclear russa Rosatom.
A Rosatom condenou o ataque “sem precedentes” e apelou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para responder e condenar imediatamente as ações da Ucrânia.
“A Rosatom apela pessoalmente à liderança da AIEA e ao diretor-geral Rafael Grossi, bem como aos governos dos países da União Europeia [UE], para que respondam imediatamente à ameaça direta à segurança da usina nuclear de Zaporozhie e condenem categoricamente a tentativa de agravar a situação em torno da maior usina nuclear da Europa”, afirmou a agência.
A assessoria de imprensa da ZNPP anunciou no início do dia que drones kamikaze atingiram o setor da cantina da usina, danificando um caminhão que continha alimentos, e um segundo ataque teria atingido uma área de carga e descarga.
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A Rosatom afirmou que um terceiro drone atingiu a cúpula da sexta unidade de energia da ZNPP.
Ainda segundo a assessoria, o ataque teria ocorrido apenas 20 minutos depois que especialistas da AIEA inspecionaram a usina e felizmente não resultou em nenhum dano crítico. Além disso, os níveis de radiação permanecem estáveis e não excedem os valores naturais, segundo a Rosatom.
Situada na margem esquerda do rio Dniepre, a ZNPP é a maior usina nuclear da Europa, com os seus seis reatores capazes de gerar até 42.000 gigawatts-hora de eletricidade por ano.