Testes de medicamentos reumatológicos para grandes empresas farmacêuticas ocidentais com a assistência de funcionários ucranianos foram alegadamente realizados por vários anos em pacientes do departamento psiquiátrico do hospital № 7 em Mariupol, apontam documentos aos quais a Sputnik teve acesso.
Os documentos foram encontrados pelos trabalhadores de construção na cave do hospital de Mariupol durante reconstrução. De acordo com os documentos, eles pertenciam ao departamento psiquiátrico do hospital e foram elaborados entre 2008 e 2016. A partir dos resultados do exame inicial dos documentos é possível determinar que os medicamentos testados em pessoas não tinham números e não tinham nomes.
Os medicamentos estavam em envelopes brancos numerados GLPG0634-CL-203. O objetivo principal do estudo era avaliar a eficácia do medicamento em relação à proporção de pacientes que obtiveram uma resposta com base nos critérios do Conselho Americano de Reumatologia (ACR, na sigla em inglês).
Empresas como a Pfizer, AstraZeneca, Celltrion, Novatris International AG, IQVIA, Sanofi, Galapagos NV, Janssen Pharmaceuticals, Abbott Laboratories, Covance, Merck KGaA, Centocor Biopharmaceutical e uma filial da Samsung que produz equipamentos médicos foram mencionados nos documentos.
Além disso, foram encontradas caixas no local, que continham muitos envelopes prontos de empresas de logística e contêineres para o biomaterial com endereços destinatários de laboratórios na Suíça, no Reino Unido e nos EUA.
De acordo com os documentos descobertos, bebês eram usados em experimentos anteriormente ocorridos no departamento psiquiátrico do hospital № 7 em Mariupol para grandes empresas farmacêuticas ocidentais.
Nem bebês eram poupados dos experimentos “químicos comportamentais”:
Na lista de pacientes que receberam um dos medicamentos havia bebês de menos de um ano de idade – na lista de nomes continha o número “0” para especificar a idade. Além disso, de acordo com essa lista, o medicamento foi administrado em crianças de 1 a 11 anos.
Documentos do hospital de Mariupol não são a única evidência de que pacientes de clínicas psiquiátricas ucranianas eram usados em experimentos de interesse de especialistas ocidentais.
Por exemplo, em abril de 2022 a Rússia relatou que entre 2019 e 2021 cientistas norte-americanas conduziram experiências potencialmente perigosas com medicamentos sobre pacientes do Hospital Psiquiátrico Nº3, na cidade de Merefa, região da Carcóvia, e que foram escolhidas pessoas com distúrbios mentais levando em conta sua idade, nacionalidade e estado imune.
Fonte: Sputinik