“Vigilância acrescida” durante os Jogos Olímpicos de Paris
O aumento de casos de coqueluche na Europa no primeiro semestre deste ano acendeu um alerta transcontinental.
Somente nos três primeiros meses deste ano, foram registrados na União Europeia mais de 32 mil casos da doença, frente aos pouco mais de 25 mil registros do ano passado inteiro, segundo o Centro Europeu de Controle e Prevenção das Doenças.
Na semana passada, a agência de saúde francesa Santé Publique emitiu um relatório afirmando que os indicadores de vigilância confirmam “uma situação epidêmica estabelecida no território”.
Esse crescimento dos casos na Europa sinaliza que “situação semelhante poderá ocorrer no Brasil dentro de pouco tempo”, segundo o Ministério da Saúde.
Ainda segundo a pasta, a queda nas coberturas vacinais é apontada como principal razão para o alerta sobre a doença no Brasil, cujo maior sintoma é a tosse aguda e persistente.
“Temos visto esse aumento de casos no nosso dia a dia”, afirma Rosana Richtmann, infectologista do Instituto Emilio Ribas e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia.
O Ministério da Saúde registrou neste ano, até 6 de junho, 115 casos da doença, frente a 217 no ano passado todo.
