A socialite Regina Gonçalves, de 88 anos, afirmou que foi mantida em cárcere privado por 10 anos pelo seu ex-motorista particular, José Marcos Chaves Ribeiro, de 53 anos, no Rio de Janeiro. A denúncia foi divulgada pelo programa “Fantástico” deste domingo (28). O desaparecimento da mulher, que era famosa por promover festas luxuosas, levantou suspeitas em familiares e vizinhos quando, nos últimos dez anos, ela deixou de ser vista nas áreas comuns do prestigiado Edifício Chopin, na Zona Sul da cidade. Com isso, uma denúncia anônima sobre seu desaparecimento foi feita ao Ministério Público do Rio em maio de 2022. Na ocasião, conhecidos relataram tentativas frustradas de contato com ela e que seus telefones estavam sob o controle de José Marcos. Ao programa, a socialite afirmou que o motorista a mantinha isolada: “Ele pegava o celular, eu vivia assim, sem poder ter contato com ninguém”.
José Marcos afirma à Justiça ter mantido um relacionamento amoroso com a socialite, alegando ser seu esposo, o que ela refuta. Uma escritura de união estável foi registrada em 2021, quando Marcos tinha 50 anos e Regina, 85. No documento, dois pareceres psiquiátricos atestaram que Regina estava apta para a ação, porém, em dezembro de 2023, José Marcos apresentou um terceiro laudo que alegava que Regina sofria de demência avançada. Em 2 de janeiro deste ano, ao tomar conhecimento disso, Regina saiu do apartamento sozinha e foi para a casa de seu único irmão ainda vivo, que também reside em Copacabana. A família pediu uma ordem de proteção para Regina, que foi concedida, enquanto José Marcos alegou à Justiça que ela saiu de casa devido a um surto. Apesar da ordem de proteção, ele obteve na Justiça o direito de ser o curador dela, recebendo autoridade para administrar todo o patrimônio da socialite, conforme previsto na união estável. Segundo o programa da TV Globo, agora há uma disputa judicial pela tutela de Regina e de seu patrimônio.
