Já pensou por que não existem muitos afro-argentinos? O que houve por lá na Argentina?

A Argentina, como todos os países colonizados do mundo teve muitos escravos. No caso da América do Sul foi basicamente a escravidão negra que permitiu o acúmulo de riquezas enviadas para a fartura europeia.

O governo espanhol realizou um censo no século 18 e identificou que 30% do povo argentino era de origem africana em 1857. Hoje, são menos de 5% (senso de 2010). Eles são denominados de afro-argentinos e a omissão geral sobre a história deles tem efeitos de invisibilidade do sofrimento de um segmento social relegado à precariedade estrutural no nosso vizinho do sul.

Assim como no Brasil, no século 17, em Buenos Aires 70% de todo seu comércio girava em torno da escravidão – da compra e venda do povo negro. Essa legalização é com certeza um dos fatores de adensamento populacional da bela capital Argentina, tida como um pedaço da Europa nas américas.

O tango tem origem Afro?

No entanto, eles aboliram a escravidão antes de nós, em 1853. E desde todo este tempo, incrivelmente, os negros que lotavam o país desapareceram da história e das ruas argentinas; mas como?

Estudiosos apontam que a etnia negra foi afastada por diversos métodos: (1) O fato dos afro-argentinos terem sido os soldados a lutarem as guerras de Independência Argentina em 1810, e a do Paraguai(1865-70), e assim muitos morreram; (2) A opressão política severa fez com que muitos negros migrassem para o Brasil e para o Uruguai; (3) Com a imensa morte masculina negra e as poucas oportunidades de ascensão social, as mulheres negras restantes iam tendo filhos com Brancos e assim, o embranquecimento se completaria quase à totalidade nos dias atuais.

10/04/1938 – 20 mil nazistas argentinos comemoravam o “Dia da Unidade” em Buenos Aires

Tem quem diga que a Argentina é o país com o maior número de adeptos da supremacia Branca e são fartos os relatos do “namoro” de parte da Argentina com o Nazismo, somado ao fato que muitos destes foram buscar abrigo pós-guerra no país. Conspiracionistas alegam até que Hitler fugiu escondido para a Argentina, onde tinham algum apelo popular real. Lenda urbana.

Porém, a hipótese mais brutal do branqueamento é a de que o presidente Argentino Domingo Sarmiento, líder entre 1868 e 74, defensor da pureza racial. avaliando por sua agenda que “os Negros eram parasitas na árvore da liberdade cujo único propósito era servir de adubo depois de mortos”. assim massacrou muitos afro-argentinos com fuzilamentos por motivos torpes, ausência total de atenção na saúde sob surtos de cólera e febre amarela de forma intencional.

O “branco” do povo Argentino esconde, portanto, muitas “políticas públicas” sujas e deletérias do passado. Que sirvam de lição para os humanistas de todo o globo. A nossa inteligência pode servir a causas melhores e mais inclusivas – tais como desconcentrar renda. Tarefa mais defensora da vida e do amor ao próximo. Sempre!

Sem negros no time, mas ainda com negros na torcida.

Fonte: Renato Martins com Método Raio X das Notícias

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