Polícia investiga suposta ligação entre Deolane Bezerra e facção criminosa

Polícia Civil de São Paulo está investigando se há ligação entre a influenciadora digital Deolane Bezerra, presa no Recife, e o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa com atuação em todo o país. A investigação foi iniciada após a prisão de Everton de Souza, conhecido como “Gordão”, um membro do PCC, em um dos imóveis pertencentes à influenciadora.

Everton de Souza, que também é conhecido como “Caixeiro Viajante”, foi preso em flagrante em 2021, no bairro do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo. Na ocasião, ele estava em posse de uma arma e comprimidos de anfetamina, e o apartamento onde foi detido pertence à Deolane Bezerra.

O inquérito, que corre em segredo de Justiça, investiga se a relação entre Deolane e Everton vai além de um simples contrato de aluguel. Everton foi condenado por porte de arma, cumpriu a pena e foi liberado. Entretanto, ele continua sendo um alvo importante das investigações, já que possui vínculos diretos e familiares com Marcos Herbas Camacho, o “Marcola”, líder do PCC.

Deolane Bezerra já havia sido investigada pela Polícia Civil de São Paulo por suspeitas de envolvimento em golpes financeiros e jogos ilegais online. Em uma operação realizada em 2022, veículos de luxo pertencentes à influenciadora foram apreendidos, mas posteriormente devolvidos após o arquivamento do inquérito.

A advogada criminalista ganhou notoriedade na mídia após a trágica morte de seu marido, o funkeiro MC Kevin, que caiu da sacada de um hotel no Rio de Janeiro em 2021. Desde então, Deolane se tornou uma figura popular nas redes sociais, onde acumula mais de 20 milhões de seguidores.

Além de sua carreira como influenciadora, ela também é empresária, com várias empresas registradas em seu nome. Em junho de 2023, ela lançou sua própria linha de produtos de beleza, que divulga em suas redes sociais.

Em suas postagens, Deolane frequentemente exibe uma vida de luxo, com carros importados e imóveis, muitos dos quais adquiridos em Orlando, nos Estados Unidos.

Recentemente, a influenciadora abriu uma holding patrimonial em seu nome, mas relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) indicam que suas empresas movimentaram quantias bem acima do permitido pelo regime tributário do Simples Nacional.

Além das investigações em São Paulo, Deolane também está sendo investigada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Um inquérito foi aberto após ela publicar uma foto usando um colar que pertenceria a Thiago da Silva Folly, conhecido como “TH da Maré”, chefe do tráfico de drogas no Complexo da Maré.

A irmã mais nova de Deolane, Dayane Bezerra, também está na mira das autoridades paulistas, sob suspeita de lucrar com jogos de azar pela internet.

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