Mauro Cid foi a sede da PF ontem (28), para falar sobre o caso do hacker de Araraquara. Demorou 10 horas para sair, o que indica que falou e muito… Quais as versões que a mídia estampa? veja com a gente:
Primeiro sobre o caso do hacker, a BandNews alega que Cid confirmou a versão de Delgatti sobre a conversa entre Bolsonaro, o hacker e a deputada Zambeli. Mas, de acordo com as fontes desta, ele nada escutou do assunto que parecia sigiloso e ele optou se afastar. A BandNews também noticiou que Cid falou por 7 horas sobre todos os temas, e, depois, seus advogados tiveram que ir corrigindo e reavaliando tudo que ele disse antes de assinar, isso por mais 3 horas. Perfazendo o total de 10 horas de depoimento. Nada sobre esse conteúdo foi vazado por determinação superior.
Na CNN o foco é o caso das Joias, e que Cid provavelmente decidiu confessar tudo e iniciar passos para a delação, ou mesmo já esta a fazê-la. O que a rede indica é que o STF por meio de Alexandre de Moraes reuniu os chefes da Polícia Federal envolvidos na ação e ameaçou de afastamento qualquer um que vazasse tudo que ali foi tratado, quer seja delação, confissão ou tratativas de colaboração premiada. Ou seja, diante de tanto segredo, tudo não passa de indícios, embora fundamentados.
A Globo é mais acertiva quanto a confissão sobre a venda ilegal das joias do estado, e bem enfática em alegar que Mauro Cid realmente inicia um processo de delação. Para a mídia Global até membros do exército querem fechar essas cicatrizes com a resolução desta situação de Cid e seu pai e atuam para esta delação ocorrer. O problema estaria apenas na extensão das informações: os jornalista da globo se dividem entre achar que Cid só tratará das joias e dos planos golpistas e outros que acham que ele será bem mais amplo para proteger sua família inteira.
Para finalizar,o portal O ANTAGONISTA, de perfil mais direitista, tem fontes que diferem um pouco das outras redes. Para o site no depoimento de ontem, o ex-ajudante de ordens da Presidência da República até detalhou como ocorria a venda de joias no exterior, mas não indicou mandantes. Num meio termo que frusta os efeitos tanto de confissão como de delação que a família dele espera.
Entretanto, mesmo a revista de caráter mais conservador confirma também que o tenente-coronel indicou ontem a agentes da PF que pretende de fato colaborar com as investigações e que vai confessar integralmente o esquema de venda de joias destinadas à Presidência da República. O Antagonista explica que os investigadores trabalham para que Cid faça delação – assim como as outras mídias em algum nível ecoam.
Por fim, o que posso dizer aos leitores é que o único informe de concesso absoluto que existe mesmo entre os canais analisados, é que realmente o teor do tratado deve ser mantido em máximo sigilo – o que por si é inédito e instigador no Brasil.
Por Renato Martins com método Raio X das Notícias
