Ela coincide com a véspera do Dia de Santo Antônio, conhecido como santo casamenteiro, mas o motivo para isso tem pouco a ver com o significado religioso — é, na verdade, exclusivamente comercial.
A ideia de estabelecer a comemoração veio do publicitário João Doria, pai do empresário, jornalista e ex-governador de São Paulo, João Doria Jr.
Dono da agência Standart Propaganda, ele foi contratado pela loja Exposição Clipper com o objetivo de melhorar o resultado das vendas em junho, que eram sempre muito fracas.
Inspirado pelo sucesso do Dia das Mães, Doria instituiu outra data para trocar presentes no ano: o Dia dos Namorados.
Junho foi escolhido porque era justamente o mês de desaquecimento das vendas. O dia 12, por sua vez, está na véspera da celebração de Santo Antônio, que é famoso no Brasil por ser o santo casamenteiro.
Unindo, então, o útil ao agradável, Doria criou a primeira propaganda que instituiria a data no país.
“Não é só com beijos que se prova o amor!”, dizia um slogan do primeiro Dia dos Namorados brasileiro.
“Não se esqueçam: amor com amor se paga”, afirmava outro.
A propaganda foi julgada a melhor do ano pela Associação Paulista de Propaganda à época.
A data começou a “pegar” no Brasil no ano seguinte, quando mais regiões começaram a aderir — posteriormente, a comemoração tornou-se nacional.
Atualmente, o Dia dos Namorados já é a terceira melhor data para o comércio no país — atrás apenas do Natal e do Dia das Mães.