O pastor Temitope Balogun Joshua, conhecido como T.B. Joshua (1963-2021), acusado de cometer crimes sexuais em massa, manteve sua própria filha trancada em um quarto e a torturou por anos, até abandoná-la nas ruas de Lagos, na Nigéria.
Joshua era o líder da megaigreja chamada Igreja Sinagoga de Todas as Nações (Scoan, na sigla em inglês). Ele morreu aos 57 anos de idade em 2021 e é acusado de cometer tortura e abusos em massa por quase 20 anos.
“Meu pai tinha medo, medo constante. Ele tinha muito medo de que alguém falasse”, conta uma das filhas do pastor, Ajoke. Ela foi uma das primeiras pessoas a denunciar os abusos que ela presenciou na igreja do seu pai.
Agora com 27 anos, Ajoke vive escondida e retirou o sobrenome “Joshua” de seus documentos.
Uma emissora conversou com mais de 25 antigas discípulas – do Reino Unido, Nigéria, EUA, África do Sul, Gana, Namíbia e Alemanha – que deram relatos confirmando terem sofrido ou presenciado abusos sexuais.
“Eu não aguentava mais”, conta Ajoke. “Entrei diretamente no seu escritório naquele mesmo dia. Gritei o mais que pude: ‘por que você está fazendo isso? por que você está fazendo todas essas mulheres sofrerem?'”