O candidato presidencial republicano, Donald Trump, disse que teria reagido da mesma forma que Israel reagiu após o ataque do Hamas em 7 de outubro, mas que Israel estava perdendo apoio internacional e deveria encerrar a guerra contra o grupo islâmico em Gaza.
A onda de assassinatos do Hamas no sul de Israel, disse Trump, foi “uma das coisas mais tristes que já vi”. “Dito isto, você tem que terminar sua guerra. Você tem que terminá-la, você tem que terminar”, disse ele.
O ex-presidente dos Estados Unidos fez os comentários em entrevista ao jornal israelense Israel Hayom publicada na segunda-feira (25). Um vídeo da entrevista foi postado no site do jornal.
O ataque de 7 de outubro desencadeou a guerra em Gaza que já dura quase meio ano. Israel diz que a ofensiva continuará até que o Hamas seja destruído e os seus reféns em Gaza sejam libertados.
A intenção de Israel de expandir a sua operação para a cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde mais de um milhão de palestinos estão abrigados, causou um desentendimento com a administração Biden, que afirmou que fazê-lo seria um erro.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse na segunda-feira que não enviará uma delegação para discutir a planejada operação Rafah a Washington, depois que os Estados Unidos se abstiveram de vetar uma proposta do Conselho de Segurança da ONU que pedia um cessar-fogo em Gaza.
Trump também foi questionado sobre como ele teria reagido se sua família tivesse sido vítima da violência do Hamas.
“Eu diria que agiria da mesma maneira que você. Você também não teria que ser louco. Só um tolo não faria isso. Foi um ataque horrível”, disse ele. “Fico muito incomodado quando vejo as pessoas, elas não falam mais sobre o 7 de outubro, falam sobre o quão agressivo Israel é”.
O ataque liderado pelo Hamas matou 1.200 pessoas e resultou na tomada de reféns de mais de 250, segundo registros israelenses. Desde então, o ataque de Israel a Gaza matou mais de 32 mil pessoas, além de precarizar severamente a vida de milhares de palestinos, segundo as autoridades de saúde geridas pelo Hamas em Gaza.
Fonte: CNN
