Ameaça de retaliação do PCC leva PMs às ruas para proteger ônibus

Operação do MPSP que levou dirigentes à prisão e à intervenção de viações teria dado margem a ameaças de ataques a ônibus na cidade

Alfredo Henrique/Metrópoles

São Paulo – A Polícia Militar montou uma patrulha especial para garantir a circulação de ônibus em São Paulo depois que uma operação do Ministério Público (MPSP) prendeu, nesta terça-feira (9/4), três dirigentes e levou à intervenção de duas viações, a Transwolff e a UpBus, por suspeitas de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Operação Fim de Linha, do MP, apreendeu armas e dinheiros com dirigentes de empresas de ônibus

foto colorida do promotor Lincoln Gakiya falando a policiais antes do início da operação Fim de Linha, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC - Metrópoles

Promotor Lincoln Gakiya fala a policiais antes do início da Operação Fim de Linha, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC

foto colorida de viaturas policiais a postos para participar da operação Fim de Linha, do MPSP, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC - Metrópoles

Viaturas policiais a postos para participar da Operação Fim de Linha, do MPSP, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC

foto colorida da Operação Fim de Linha, do MP, apreendeu armas e dinheiros com dirigentes de empresas de ônibus

Operação Fim de Linha, do MP, apreendeu armas e dinheiros com dirigentes de empresas de ônibus Reprodução/TV Globo

foto colorida do promotor Lincoln Gakiya falando a policiais antes do início da operação Fim de Linha, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC - Metrópoles

Promotor Lincoln Gakiya enfatiza que o objetivo é tranquilizar a população diante de uma suposta retaliação da facção criminosa. Segundo a polícia, a rede de desinformação da facção estaria noticiando ameaças de ataques a ônibus para disseminar a sensação de insegurança na população.

“O crime espalha boatos [como a ameaça de queima de ônibus] que trazem medo e insegurança. Como forma de prevenção e de garantia de mobilidade na cidade, vamos manter patrulhas nas saídas das empresas e em toda a cadeia logística [do transporte público]”, disse o coronel Cássio de Freitas, comandante-geral da PM.

A patrulha da PM, que integra a Operação Impacto, da corporação, será intensificada nas zonas sul e leste, áreas de atuação da Transwolff e da UpBus, respectivamente, segundo a PM.

Três dirigentes presos

A Operação Fim da Linha, deflagrada pelo MPSP, investiga o crime de lavagem de dinheiro para o PCC por meio das empresas de ônibus.

De quatro mandados de prisão, três foram cumpridos: um deles contra Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, dono da Transwolff, outro contra Robson Flares Lopes Pontes, dirigente da mesma empresa, que opera na zona sul, e um terceiro contra Joelson Santos da Silva, também sócio da viação e representante de um escritório de contabilidade.

O quarto mandado foi expedido em nome de Silvio Luís Ferreira, o Cebola, sócio da UpBus. Ele está foragido.

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Segundo o MP, foi preso em flagrante, ainda, Hélio Rodrigues dos Santos por porte de arma de fogo. Ele é funcionário de uma das empresas investigadas e não era alvo da operação. Outras duas pessoas foram presas em flagrante, mas os nomes não foram divulgados.

Justiça de São Paulo determinou ainda que a SPTrans, estatal de transporte coletivo da capital, assuma imediatamente a operação das linhas administradas pelas empresas Transwolff, que atua na zona sul, e da UpBus, que administra linhas na zona leste.

As duas empresas de ônibus transportam diariamente cerca de 700 mil passageiros e receberam mais de R$ 800 milhões de remuneração da Prefeitura de São Paulo em 2023. A suspeita é que esse recurso tinha encaminhamento para braços do PCC.

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