Na Paraíba, um foguete está ajudando a recuperar áreas da Caatinga. O foguete, que espalha sementes, funciona como um equipamento para auxiliar projetos de reflorestamento. Fabricado com garrafa PET, fibra de vidro e impressão 3D, o lançamento é feito pela pressão do ar e água dentro das garrafas.
O físico Renan Aversar desenvolveu o projeto durante o doutorado. Para avaliar o potencial de reflorestamento, os testes estão sendo feitos no município onde menos chove no Brasil, em Cabaceiras, na região do Cariri da Paraíba.
As sementes são tratadas para que tenham maior chance de germinação. Nos testes, 20% das sementes arremessadas germinaram.
Antes do lançamento com o foguete, os pesquisadores fizeram os testes com as cápsulas de sementes. Eles fizeram os arremessos em uma área degradada e marcações para o monitoramento. Hoje, dois anos depois, temos o resultado: uma planta conhecida na região do Cariri como o pinhão-bravo, que germinou e agora já começa a dar frutos.
Os custos com os foguetes são bem mais baixos do que o reflorestamento feito com aviões e helicópteros.