Afastamento por depressão e ansiedade do trabalho aumentam 45%

A pressão no ambiente de trabalho e a piora na saúde mental aumentaram os afastamentos por depressão e ansiedade no Brasil. Segundo o Ministério da Previdência Social, foram 145 mil brasileiros afastados por questões mentais em 2023, número 45% maior do que no último período registrado.

Os dados refletem o impacto da saúde mental no ambiente de trabalho, comprometendo o desempenho e, em caso de afastamentos, impedindo o trabalhador de realizar as funções. Foi o que aconteceu com a bancária Vanessa Misiti, que precisou enfrentar as novas condições de trabalho presencial após o nascimento do filho e teve um burnout, síndrome de esgotamento profissional.

“Minha pressão parece que caiu, aí comecei a respirar fundo e começou a gelar a mão, gelar a mão, gelar a mão, aí comecei a ver turvo e uma amiga minha que tava do lado falou: ‘O que você tem, tá passando mal?’ e eu falei assim: ‘Não tô bem’ e comecei a ter um zumbido no ouvido”, diz Vanessa ao relembrar a crise que teve antes de ser afastada.

A psiquiatra Alexandrina Meleiro aponta que a volta ao presencial fez com que alguns incômodos se acumulassem e piorassem a saúde mental. “Houve mudanças no nível de cobrança e, muitas vezes, sem as condições necessárias para que realize com tranquilidade o trabalho. Além de voltar, claro, o trânsito, de enfrentar determinadas pessoas com quem eu não se dava tão bem e agora tem que, de um jeito ou de outro, fazer como se tivesse tudo ok”, pontua.

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