Em uma comunidade online, quase 500 pessoas se reúnem para desabafar e buscar apoio para parar de perder dinheiro e retomar o controle de suas vidas.
A cozinheira Patrícia, de 43 anos que vive no interior de São Paulo, conversou com o g1 o processo que as levou até esse caminho com a vontade de alertar outras pessoas sobre os riscos da dependência.
Patrícia é casada, tem quatro filhos e um neto. Ela conta que nunca gostou de apostas por causa de um trauma familiar, já que um irmão havia perdido praticamente tudo em jogos.
Mas, sua relação com os jogos começou a mudar no final de 2020. Um dia, enquanto cuidava do neto doente, ela recebeu uma propaganda no celular de um jogo online que envolvia apostas. Por curiosidade, ala acessou o link e começou a jogar.
A primeira aposta veio no jogo conhecido como crash, ou “jogo do foguete”.
Desse dia em diante, a vida da Patrícia saiu dos eixos:
💸 começou a pegar empréstimo;
💸 deixou de pagar contas básicas;
💸 vendeu o celular;
💸 emprestou dinheiro com agiota.
Entre altos e baixos, ela teve de revelar o vício para a família da pior forma.
Recentemente, a cozinheira conheceu o grupo Jogadores Anônimos em mais uma tentativa de se livrar do vício dos jogos online. A instituição nasceu nos EUA nos anos 1950, quando os jogos eram outros, mas as histórias eram parecidas.