Para o tratamento de um tipo bastante agressivo de câncer de pulmão, o remédio Lorbrena (lorlatinibe), desenvolvido pela Pfizer, aparenta ser uma das melhores apostas, como revelam os resultados da terceira e última fase dos estudos clínicos. Cientistas sem ligação com a pesquisa classificam a resposta como “inédita” e “impressionante”. “Esses resultados são notáveis”, destaca John Heymach, oncologista do MD Anderson Cancer Center.
Após cinco anos de tratamento, 60% dos pacientes diagnosticados com a forma grave de câncer de pulmão e medicados com o remédio lorlatinibe sobreviveram e estavam livres da progressão da doença, o que torna esta uma elevada taxa de sobrevida. Em comparação, apenas 8% dos voluntários medicados com uma fórmula oncológica padrão apresentaram a mesma resposta.
A pesquisa, liderada pelo Peter MacCallum Cancer Center, em Melbourne, na Austrália, teve a participação de 296 pessoas diagnosticadas com câncer de pulmão de não pequenas células, causada pela mutação do gene ALK. Essa é uma forma agressiva da doença que muitas vezes se espalha para o cérebro. Os resultados foram detalhados em um artigo publicado na sexta-feira (31) na revista Journal of Clinical Oncology.