O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quinta-feira (12), em São Paulo, que a volta do horário de verão é uma possibilidade real para melhorar o aproveitamento da luz natural e reduzir o consumo de energia elétrica no Brasil. Segundo o ministro, a medida pode auxiliar na diminuição do uso de usinas térmicas durante os horários de pico, entre 18h e 21h, mas sua adoção requer cautela devido aos impactos no cotidiano dos brasileiros.
Silveira destacou que a decisão de retomar o horário de verão não será tomada de forma precipitada, embora ele tenha confirmado que o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e a Secretaria Nacional de Energia Elétrica (MME) já estão trabalhando com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para apresentar um plano de contingência para o verão de 2024/2025. O ministro ressaltou também que estudos indicam efeitos positivos da medida em diversos setores, como turismo, bares e restaurantes.
A volta do horário de verão impacta a redução do uso de energia térmica, que é mais cara e poluente, em benefício da energia verde. “Não há salvação fora da nova economia verde, que considera o desenvolvimento econômico com sustentabilidade e respeito à legislação ambiental”, afirmou Silveira.
O horário de verão, que funcionou no Brasil de 1985 até 2019, foi extinto pelo governo passado, sob o argumento de que a medida apresentava pouca efetividade na economia energética. Na época, o ajuste nos relógios afetava principalmente os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, deixando de fora as regiões Norte e Nordeste, onde a economia de energia era menos significativa.
O Ministério de Minas e Energia segue analisando a viabilidade do retorno da medida, levando em conta fatores como a geração de energia, índices pluviométricos e impactos econômicos, com foco em garantir a segurança energética para todos os brasileiros.