APAGÃO E O DILEMA DAS PRIVATIZAÇÕES

Uma falha de sistema no Ceará é tida por especialistas como o estopim do apagão desta semana, porém, não como o único motivo. As investigações apuram possíveis falhas técnicas ou humanas, não sendo descartada nenhuma hipótese.

A Eletrobras foi privatizada recentemente, tirando essa mudança jurídica e de relação trabalhista sobretudo, quais mais ocorrem depois de uma privatização em geral? Os preços dos serviços destes órgãos que privatizamos baixaram? Deve fato houve concorrência no que privatizamos ou simplesmente trocamos de monopólio público para privado? Sem concorrência como os preços baixariam e os serviços melhorariam? Por fim, um setor quando privatizado realmente desonera o cofre público ou ainda assim, toda vez que se vê em crise precisa de empréstimos, de isenção e de regulações favoráveis do estado?

São as perguntas centrais que todos devemos fazer, pois Energisa é monopólio e mesmo as telefônicas que passaram por concorrência barateadora, um case de sucesso curto, pois hoje com concorrência bem mais branda, já não tem preços acessíveis sobretudo de internet. O restante das privatizações em geral formam monopólios e aumentam ou mantém os preços das coisas sem vantagem nenhuma para a população. Sem função social do ato. Posto que o prejuízo é ainda assim do estado (que socorrerá financeiramente) e dos contribuintes que sofrem com o serviço falho de mesmo tipo. logo, só defendo privatização que consiga responder as perguntas que fiz acima, sem isso, se for só pra fazer caixa ou aumentar os preços como o das refinarias privatizadas, fica sem sentido coletivo.

Por Renato Martins com Método Raio X das Notícias.

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