“A maioria das pessoas mortas foram atropeladas pelos caminhões de ajuda durante o caos e enquanto tentavam escapar dos tiros israelenses”, disse o jornalista em Gaza, Khadeer Al Za’anoun
Muitas das vítimas do caos que eclodiu em Gaza em um local de distribuição de ajuda humanitária foram mortas atropeladas pelos caminhões de ajuda enquanto as pessoas tentavam escapar do fogo israelense, de acordo com o jornalista em Gaza, Khadeer Al Za’anoun.
Al Za’anoun, que esteve no local e testemunhou o incidente, disse à CNN que, embora houvesse grandes multidões à espera da distribuição de alimentos nos caminhões de ajuda, o caos e a confusão que levaram ao atropelamento só começaram quando os soldados de Israel abriram fogo.
“A maioria das pessoas mortas foram atropeladas pelos caminhões de ajuda durante o caos e enquanto tentavam escapar dos tiros israelenses”, disse ele.
Mortos são levados em carroças, feridos tem dificuldade de resgate por ambulâncias devido escombros e medo de tiros.
Ele disse que cerca de 20 pessoas foram mortas diretamente pelos tiros e as demais foram mortas sob as rodas dos caminhões de ajuda. Até o momento há 112 mortas e 760 feridos.
O que disse a mídia internacional:
Sob condição de anonimato, uma autoridade do governo de Israel disse à agência de notícias Reuters que as tropas israelenses dispararam diversas vezes porque os soldados teriam se sentido ameaçados. O jornal americano “New York Times” publicou um relato semelhante, também sem revelar a identidade da autoridade israelense. A agência de notícias Associated Press afirma, com base em testemunhas, que soldados israelenses atiraram.
Repercussão internacional
A Casa Branca disse que considera o caso “um incidente sério” e que irá investigá-lo. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o episódio complica um acordo entre Israel e Hamas para um cessar-fogo em Gaza.
O porta voz dos EUA cobrou mais corredores humanitários e chamou de desesperadora a situação do povo palestino. Disse que esse desespero da fome é inconteste e exige cessar fogo antes do Ramadã.
O secretário-geral da ONU afirmou que o caso precisa ter uma investigação independente.
30 mil mortos palestinos
Na data do massacre de ontem, os dados da ONU, do Hamas e até do pentágono, falam de 25 mil mulheres e crianças civis entre estes 30 mil mortos.
FDI alega que “só matou” uns 10 com tiros, “o resto foram eles mesmos que esfomeados e desesperados atrás de comida se pisotearam, e o caminhão os atropelou no tumulto. Os tiros não influenciaram no contexto“ – isso de acordo com os oficiais do governo Netanyahu
A versão do governo de Israel:
Respondendo à CNN, a FDI alegou que “o incidente está sob revisão”.
“Esta manhã, durante a entrada de caminhões de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza, os residentes de Gaza cercaram os caminhões e saquearam os mantimentos que estavam sendo entregues”, disseram as FDI à CNN.
A Oxfam International condenou o ataque em uma publicação no X (antigo Twitter), dizendo que foi uma “grave violação das leis humanitárias internacionais e da nossa humanidade”.
Um oficial israelense disse também à CNN que as tropas das FDI usaram fogo contra as pessoas que cercavam o caminhão de ajuda enquanto “a multidão se aproximava das forças de uma maneira que representava uma ameaça às tropas, que responderam à ameaça com fogo real”.
“O incidente está sob revisão”, concluiu o porta voz israelense.
Fonte: Renato Martins para redação RXN com todos os dados e as múltiplas fontes devidamente citadas na matéria.
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