Em 1955, uma mulher negra num ônibus simplesmente resolve dizer NÃO!
Rosa Parks, usuária do transporte público do Alabama vinha muito cansada do seu extenuante trabalho. E mais, também estava indignada de todo dia ter que se levantar do assento do ônibus para ceder aos brancos a qualquer tempo e circunstância o privilegio deles de voltarem sentados no “busão”. Um jovem branco pediu o assento dela com gesto, para não cansar a voz, ela de pronto disse: “NÃO”. Incrédulo, o jovem avisou ao motorista que a levou à polícia. Só ai o jovem assumiu a vaga dela. posto que foi detida na delegacia.
A pena para essa indisciplina do NÃO dela era a prisão. Logo, primeiro de dezembro de 1955, estava lá ela na cadeia. O fato levou toda uma raça a se levantar no país. Os negros fizeram um boicote aos ônibus que duraram 385 dias – mais de 1 ano. 75% da grana dos empresários de coletivos vinham dos negros. Não resistiram o prejuízo e, em 13 de novembro de 1956, a “justa” Suprema Corte americana dava o direito dos negros sentarem em ônibus e ainda de subirem pela porta dianteira também.
Em 2002 ela foi despejada do prédio. A comoção nacional foi tão grande que depois o banco autorizou seu retorno até sua morte em 2005, com 92 anos.
Os negros andaram de bike, a pé e de taxis comunitários estilo UBER’s de hoje em dia. Uma união pacífica única. Nesta luta o país tomou conhecimento do líder Martin Luther King.
O ônibus é hoje um memorial da história norte-americana
Rosa Parks alegou que seu corpo foi tomado por uma determinação e que só conseguiu dizer: “Não vou levantar”, e depois de presa, perguntou ao juiz “por que vocês mexem com a gente assim?”, o juiz disse que não sabia, mas que era a lei e ponto final. Rosa Parks sofreu muito depois de solta. Desempregada e ameaçada de morte mudou-se e precisou muito da caridade de Luther King e outros líderes políticos e civis para sobreviver por um bom tempo.
Por Renato Martins com método Raio x das Notícias